O setor energético nacional ainda é predominantemente masculino. Segundo um estudo da consultoria FESA Group, apenas 6% das mulheres ocupam cargos de liderança nas empresas e 13% trabalham em cargos corporativos – como RH, marketing ou finanças. A Karpowership ampliou a inclusão feminina ao entender que elas representam agentes de transformação para o desenvolvimento de negócios e aumento de receitas. As características profissionais femininas apresentam forte engajamento, proporcionam melhoria na cultura organizacional e criam valor por meio de ideias inovadoras.
Com esses parâmetros, a empresa inicia 2024 com dados superiores à média do setor nacional de energia em inclusão feminina: 50% de seus colaboradores ocupam cargos de gestão nos escritórios do Rio de Janeiro e de Brasília. No total, 48% das equipes de trabalho dos escritórios da empresa no país são compostas por mulheres. Incluindo suas operações de energia, com geração a gás natural e solar, localizadas no Rio de Janeiro, 19% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. A Karpowership tem mais de 43% de envolvimento de mulheres nos escritórios em todo o mundo.
Isso é resultado de ações específicas – como, por exemplo, ser inclusivo e promover a igualdade de oportunidades para homens e mulheres no processo seletivo – com foco na geração de uma cultura e políticas organizacionais abertas e colaborativas. O objetivo é proporcionar um ambiente inclusivo para que as mulheres possam ser valorizadas, aprimorando suas competências para o futuro dos negócios corporativos e inspirando outros profissionais. Uma ação com esse objetivo acontece na semana do Dia Internacional da Mulher, quando a empresa organiza uma rodada de diálogos com executivos para comentar e avaliar a posição da mulher no mercado e seu comprometimento com as práticas ESG.
“Converso com jovens talentosas da nossa empresa e do mercado e minha recomendação é sempre a mesma: nunca desista, siga em frente. É um incentivo para que se lembrem do que podem alcançar. As mulheres são tão ou mais capazes que os homens em qualquer área. As mulheres devem se apoiar as para acelerar o empoderamento global.”, diz Beyza Ozdemir, Diretora de Operações Comerciais para a América do Sul da Karpowership.
A executiva afirma que a Karpowership emprega mulheres em uma indústria que é “dominada pelos homens”. “Estamos orgulhosos de fazer parte do empoderamento das mulheres de forma regional e global. Nossa empresa dá oportunidades aos diferentes profissionais. Independentemente do gênero, o que procuramos são pessoas comprometidas, focadas no negócio e com vontade de crescer e se desenvolver profissionalmente”, analisa Beyza.
Presença feminina nos powerships
O projeto de geração de energia da Karpowership por meio de embarcações, conhecidas como powerships, conta com gestão feminina em funções de heathcare e de suporte administrativo. Monique Neves é responsável pela enfermaria das equipes embarcadas nos navios, que ficam no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
“Minha maior vitória foi conviver com profissionais de diversas nacionalidades e poder conquistar meu espaço, sabendo que eles confiam em mim e que cuido da saúde deles. Esse projeto vem me ensinando e me transformando positivamente como profissional e pessoa”, analisa Monique.
Camilly de Freitas auxilia na organização da logística de viagens e na negociação com fornecedores, entre outras atribuições de sua função (assistente) na área administrativa. Ela indica que ser mulher e jovem, num setor maioritariamente masculino, dá a sensação de que é necessário fazer um esforço maior para obter reconhecimento. “Este é um desafio de longo prazo para todas as jovens do segmento”, ressalta.
Desenvolvimento feminino
Embora o segmento de energia seja dominado por homens e brancos, Marjorie Antunes (gerente de meio ambiente da Karpowership) acredita que devem ser dadas oportunidades às mulheres, que estão em mesmas condições que os homens, tanto em termos de competência como de formação. “As empresas têm observado que as mulheres têm mais empatia, senso crítico e resiliência para lidar com os desafios do mundo corporativo”, comenta Marjorie.
A adoção de um plano de carreira exclusivo para mulheres, composto por estratégias de retenção e promoção de colaboradores, já pode ser considerada uma melhoria nas políticas inclusivas das corporações do setor de energia segundo a gerente de Recursos Humanos da Karpowership Brasil, Lívia Corrêa. “Aqui na Karpowership, nós buscamos ser inclusivos no recrutamento, respeitando as adversidades e dando as mesmas chances para homens e mulheres”, analisa Lívia.
Bruna Borges, gerente jurídica da Karpowership, analisa que a troca de ideias é sempre uma forma de qualificar o debate sobre a relevância do papel da mulher na indústria de energia. “Por isso, temos incentivado o diálogo entre nossos colaboradores para promover a inclusão e o interesse no debate sobre o futuro de nossas carreiras no setor”, indica Bruna.
A oportunidade de diálogo abre novos horizontes para o universo feminino na opinião de Ana Cecília Perez, especialista em comunicação corporativa da Karpowership. “Quando debatemos sobre o nosso futuro, o que é incentivado aqui na empresa, geramos perspectivas de melhoria do nosso desempenho e há oportunidade de debater ideias com foco em possíveis novos projetos”, finaliza Ana.
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